domingo, 4 de novembro de 2012

Exercícios Físicos: o melhor tratamento para os Diabéticos!


Vamos falar de um assunto bem interessante: O diabetes. É uma das doenças crônicas mais freqüentes, atingindo mais de 7% da população brasileira, e cerca de 6,7% em todo o mundo. É uma doença que implica hábitos de vida saudáveis como boa alimentação, evitar excessos, uso de medicação e atividade física.
E é dessa última que vamos puxar o saco, hoje!
O Diabetes Mellitus (DM), popularmente conhecida por Diabetes, é um distúrbio do metabolismo caracterizado pela ineficiência parcial ou total de insulina ou por uma resistência a ela. A insulina auxilia o organismo a usar a glicose proveniente dos alimentos como fonte de energia. Em pessoas com diabetes, o pâncreas para de fabricar insulina (diabetes do tipo I), ou o organismo não consegue utilizar de forma eficiente (diabetes do tipo II), resultando em um aumento dos índices de glicose circulante na corrente sanguínea, gerando então a hiperglicemia.

Desde o início do século vários autores verificaram a interação da insulina com a atividade física e os benefícios no tratamento do diabetes. A partir de então a tríade dieta, medicamentos (quando necessário), e exercício, fundamentados em um processo educacional, formam o princípio do tratamento desta doença (SILVEIRA NETO; 2000).
A atividade física é a parte mais divertida do tratamento do diabético diante de uma realidade nada confortável de ser espetado com uma agulha ou lanceta todos os dias, tomar pílulas ou ter que mudar sua dieta, possivelmente tendo que deixar de comer alguns dos seus pratos prediletos. Fica sem ter como argumentar quando se compara ao prazer que é jogar uma partida de futebol com os amigos, fazer uma caminhada com a namorada ou andar de bicicleta com os filhos. Todos os tipos de atividade física são de grande valia para o diabético, desde que se considere o quadro atual e saiba lidar com as necessidades energéticas desta condição.
O exercício físico causa uma série de adaptações no organismo onde a mais favorável para os diabéticos é a normalização da glicose sanguínea, diminuindo a resistência de insulina e melhorando a sensibilidade a ela. De maneira bem simples e de fácil entendimento, o organismo passa a ser mais eficiente, onde o exercício faz com que ele aumente a ação da insulina ou diminua a resistência à mesma. Como conseqüência, a captação de glicose pelo músculo é incrementada, independentemente de alterações na concentração de insulina circulante.
Isso, para o diabético, é de grande valia. Uma vez que o exercício regular acarreta numa diminuição da dosagem de insulina (no caso dos insulino-dependentes), e de forma geral, melhora vários fatores de risco conhecidos como redução do LDL e triglicérides além do aumento do HDL, controle do peso (evitando possíveis níveis de sobrepeso e obesidade), além do controle da pressão arterial.
Para os diabéticos do tipo 2, o exercício físico regular proporciona uma condição metabólica mais favorável ao controle do peso, uma vez que 60% das pessoas com esse tipo de diabetes, estão acima do peso ou obesas no momento do diagnóstico. Uma maior necessidade energética dos músculos e uma maior mobilização da gordura corporal ao longo do dia são os principais efeitos que contribuem para essa condição.
“Então agora está muito fácil! Sou diabético e só preciso ir a uma academia ou dar uma corridinha todo dia e está tudo resolvido!”
Não é por ai que a banda toca! Antes de tudo, é necessário fazer uma boa triagem com nosso futuro desportista, levando em consideração que a atividade física não possa ser deliberadamente recomendada para adultos quando há outras doenças relacionadas (retinopatia, nefropatia, neuropatia periférica, neuropatia autonômica) ou condições metabólicas a serem analisados primeiro.
A condição do individuo antes de iniciar a atividade física é de extrema importância: diante de um quadro de glicemia superior a 250 mg/dl, por exemplo, é um indicativo de pouca insulina do organismo. Conseqüentemente a uma diminuição da utilização da glicose como fonte de energia, sendo o exercício assim prejudicial. Da mesma forma, uma condição de glicemia baixa (pouca glicose disponível) causada por intervalos muito grandes sem se alimentar, omissão ou atraso de alguma refeição ou até mesmo não comer o bastante tambem não é um estado favorável à pratica de atividade física.
O controle constante da glicemia, em diversos momentos e situações do dia, que é feito de maneira fácil e rápida pelo próprio diabético com a ajuda de equipamentos como o glicosímetro, é fundamental, não só no que diz respeito a atividade física (principalmente em relação ao controle das quantidades e horários de administração da insulina) mas que o mesmo evite a evolução da doença para complicações crônicas mais sérias. Esse controle é imprescindível
para evitar um dos estados mais comum e perigosos entre os diabéticos, que é o estado dehipoglicemia, estado esse em que a glicose sanguínea esta anormalmente baixa, podendo causar danos muitas vezes irreversíveis.
A atividade física é uma arma poderosíssima para combater e prevenir uma série de doenças, além de ser um dos remédios mais prazerosos contra o stress diante de uma vida moderna tão atribulada. Mas nenhum remédio é consumido sem prescrição médica, então por isso: procure um médico, sendo você diabético ou não. Estando disposto a começar uma atividade física, faça um check-up, é necessário o conhecimento das suas reais condições para a escolha da melhor tipo de atividade e o nível ideal para se iniciar. Procure um profissional de educação física, pois ele é o profissional para lhe prescrever o melhor exercício. Alem de procurar um nutricionista, pois a alimentação correta e sem excessos é 65% de uma vida saudável.

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