Vamos falar de um
assunto bem interessante: O diabetes. É uma das doenças crônicas mais
freqüentes, atingindo mais de 7% da população brasileira, e cerca de 6,7% em
todo o mundo. É uma doença que implica hábitos de vida saudáveis como boa alimentação,
evitar excessos, uso de medicação e atividade física.
E é dessa última que
vamos puxar o saco, hoje!
O Diabetes
Mellitus (DM),
popularmente conhecida por Diabetes, é um distúrbio do metabolismo
caracterizado pela ineficiência parcial ou total de insulina ou por uma
resistência a ela. A insulina auxilia o organismo a usar a glicose proveniente
dos alimentos como fonte de energia. Em pessoas com diabetes, o pâncreas para
de fabricar insulina (diabetes do tipo I), ou o organismo não consegue utilizar
de forma eficiente (diabetes do tipo II), resultando em um aumento dos índices
de glicose circulante na corrente sanguínea, gerando então a hiperglicemia.
Desde o início do século vários autores verificaram a interação da insulina com a atividade física e os benefícios no tratamento do diabetes. A partir de então a tríade dieta, medicamentos (quando necessário), e exercício, fundamentados em um processo educacional, formam o princípio do tratamento desta doença (SILVEIRA NETO; 2000).
A atividade física é a
parte mais divertida do tratamento do diabético diante de uma realidade nada
confortável de ser espetado com uma agulha ou lanceta todos os dias, tomar
pílulas ou ter que mudar sua dieta, possivelmente tendo que deixar de comer
alguns dos seus pratos prediletos. Fica sem ter como argumentar quando se
compara ao prazer que é jogar uma partida de futebol com os amigos, fazer uma
caminhada com a namorada ou andar de bicicleta com os filhos. Todos os tipos de
atividade física são de grande valia para o diabético, desde que se considere o
quadro atual e saiba lidar com as necessidades energéticas desta condição.
O exercício físico
causa uma série de adaptações no organismo onde a mais favorável para os
diabéticos é a normalização da glicose sanguínea, diminuindo a resistência de
insulina e melhorando a sensibilidade a ela. De maneira bem simples e de fácil
entendimento, o organismo passa a ser mais eficiente, onde o exercício faz com
que ele aumente a ação da insulina ou diminua a resistência à mesma. Como conseqüência,
a captação de glicose pelo músculo é incrementada, independentemente de
alterações na concentração de insulina circulante.
Isso, para o diabético,
é de grande valia. Uma vez que o exercício regular acarreta numa diminuição da
dosagem de insulina (no caso dos insulino-dependentes), e de forma geral,
melhora vários fatores de risco conhecidos como redução do LDL e triglicérides
além do aumento do HDL, controle do peso (evitando possíveis níveis de
sobrepeso e obesidade), além do controle da pressão arterial.
Para os diabéticos do
tipo 2, o exercício físico regular proporciona uma condição metabólica mais
favorável ao controle do peso, uma vez que 60% das pessoas com esse tipo de
diabetes, estão acima do peso ou obesas no momento do diagnóstico. Uma maior
necessidade energética dos músculos e uma maior mobilização da gordura corporal
ao longo do dia são os principais efeitos que contribuem para essa condição.
“Então agora está muito
fácil! Sou diabético e só preciso ir a uma academia ou dar uma corridinha todo
dia e está tudo resolvido!”
Não é por ai que a
banda toca! Antes de tudo, é necessário fazer uma boa triagem com nosso futuro
desportista, levando em consideração que a atividade física não possa ser
deliberadamente recomendada para adultos quando há outras doenças relacionadas
(retinopatia, nefropatia, neuropatia periférica, neuropatia autonômica) ou
condições metabólicas a serem analisados primeiro.
A condição do individuo
antes de iniciar a atividade física é de extrema importância: diante de um quadro
de glicemia superior a 250 mg/dl, por exemplo, é um indicativo de pouca
insulina do organismo. Conseqüentemente a uma diminuição da utilização da
glicose como fonte de energia, sendo o exercício assim prejudicial. Da mesma
forma, uma condição de glicemia baixa (pouca glicose disponível) causada por
intervalos muito grandes sem se alimentar, omissão ou atraso de alguma refeição
ou até mesmo não comer o bastante tambem não é um estado favorável à pratica de
atividade física.
O controle constante da
glicemia, em diversos momentos e situações do dia, que é feito de maneira fácil
e rápida pelo próprio diabético com a ajuda de equipamentos como o
glicosímetro, é fundamental, não só no que diz respeito a atividade física
(principalmente em relação ao controle das quantidades e horários de
administração da insulina) mas que o mesmo evite a evolução da doença para
complicações crônicas mais sérias. Esse controle é imprescindível
para evitar um dos estados mais comum e perigosos entre os diabéticos, que é o estado dehipoglicemia, estado esse em que a glicose sanguínea esta anormalmente baixa, podendo causar danos muitas vezes irreversíveis.
para evitar um dos estados mais comum e perigosos entre os diabéticos, que é o estado dehipoglicemia, estado esse em que a glicose sanguínea esta anormalmente baixa, podendo causar danos muitas vezes irreversíveis.
A atividade física é
uma arma poderosíssima para combater e prevenir uma série de doenças, além de
ser um dos remédios mais prazerosos contra o stress diante de uma vida moderna
tão atribulada. Mas nenhum remédio é consumido sem prescrição médica, então por
isso: procure um médico, sendo você diabético ou não. Estando disposto a
começar uma atividade física, faça um check-up, é necessário o conhecimento das
suas reais condições para a escolha da melhor tipo de atividade e o nível ideal
para se iniciar. Procure um profissional de educação física, pois ele é o
profissional para lhe prescrever o melhor exercício. Alem de procurar um
nutricionista, pois a alimentação correta e sem excessos é 65% de uma vida
saudável.
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