Para entender melhor se devemos ou não consumir refrigerante após um treino de resistência (musculação), é preciso primeiro deixar claro algumas informações básicas sobre alimentação para praticantes de exercício físico.
O exercício com pesos acarreta micro lesões nas fibras musculares e depleção do glicogênio muscular. O glicogênio nada mais é do que a forma de armazenamento dos carboidratos, desta forma quando precisamos de energia no nosso organismo, o glicogênio é mobilizado para atender a essa demanda. Como no exercício físico há uma necessidade energética elevada o primeiro substrato que usamos para a formação de energia é justamente o glicogênio.
No momento após o treino o organismo tem como prioridade e urgência a recuperação do glicogênio muscular perdido durante o exercício físico, de tal modo que todo e qualquer alimento consumido neste período será direcionado para este fim.
No entanto, para melhor recuperação do glicogênio muscular, é necessário oferecer ao organismo alimentos ricos em carboidratos simples logo após o treino. Carboidratos simples são aqueles carboidratos que possuem uma estrutura química mais simples, sendo de fácil absorção e metabolização. Esse tipo de nutriente aumenta rapidamente a glicemia, estimulando bastante a produção de insulina, que é o hormônio responsável por regular os níveis de glicose sanguínea.
Para uma recuperação mais eficaz do glicogênio, o alimento a ser consumido no pós-treino imediato deve ser também de fácil digestão. Geralmente os líquidos agregam melhor essa característica. A preferência é que esse alimento tenha alto teor de carboidratos simples, tendo como objetivo, inibir o catabolismo do músculo (perda de tecido muscular) e propiciar o anabolismo para a síntese protéica (aumento da massa muscular).
O consumo de alimentos de difícil digestão e que não possui um teor de carboidrato adequado pode dificultar a recuperação da musculatura e reduzir o desempenho dos demais treinos.
Em virtude do que foi explicado acima, uma possível conclusão seria que os refrigerantes, por possuírem alto teor de carboidratos simples (quase que a totalidade das quilocalorias disponíveis no produto provém de açúcar) e estarem na forma líquida, são ideais para serem usados no pós-treino imediato.
Porém, os refrigerantes possuem também na sua composição água gaseificada, corantes, acidulantes, aromatizantes, entre outros. Essas substâncias além de atrapalharem a digestão, em grandes quantidades podem ser prejudiciais à saúde humana. Dessa forma, a utilização de refrigerante no pós-treino é errônea e infundada cientificamente, não sendo a melhor opção para promover uma recuperação adequada do glicogênio muscular.
Existem muitos suplementos nutricionais que podem ser usados para uma boa recuperação do glicogênio muscular no pós-treino, constituindo em uma excelente alternativa tanto fisiológica, quanto econômica. Como exemplos tem-se a maltodextrina, a dextrose e os repositores energéticos.
Estes últimos além de possuírem carboidratos em sua composição, possuem outros elementos para uma melhor recuperação. O uso desses suplementos, no entanto não descarta o uso dos alimentos depois do exercício. A melhor opção é buscar um profissional da área, para a correta orientação da suplementação e alimentação no pós-exercício.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas, o Brasil é o terceiro maior consumidor de refrigerantes do mundo,com o consumo per capita de 70 litros ao ano. Essas bebidas isotônicas são carregadas de calorias e influenciam muito na sua saúde. Por isso, a equipe SNC listou algumas razões para você largar de vez os refrigerantes e investir mais nos sucos naturais.
Refrigerante, um mal a ser evitado
2- Cárie: Refrigerantes dissolvem o esmalte dos dentes, pesquisas comprovam que contribuem para a grande incidência de cáries dentárias. A acidez do refrigerante é ainda pior para os dentes do que o açúcar sólido encontrado nos doces.
3- Digestão prejudicada: Consumir refrigerante, especialmente com o estômago vazio, pode perturbar o equilíbrio ácido-alcalino do estômago e do revestimento gástrico, criando um ambiente ácido contínuo. Esse ambiente ácido prolongado pode levar à inflamação do estômago e do revestimento duodenal.
4- Pedras nos rins e doença renal crônica - Refrigerantes são conhecidos por conter alto teor de ácido fosfórico, uma substância conhecida para mudar a urina de uma maneira que promove a formação de pedra nos rins. Beber duas ou mais Cocas por dia (sejam adoçadas artificialmente ou normal) influencia no risco de desenvolver doença renal crônica, que diminui a capacidade dos rins de eliminar toxinas e manter o equilíbrio hídrico normal.
5- Diabetes – Qualquer coisa que promove ganho de peso aumenta o risco de diabetes. Beber refrigerante, não só contribui para tornar as pessoas gordas, como também influencia na capacidade do organismo para processar o açúcar.
6 – Osteoporose – Refrigerantes que contêm ácido fosfórico provocam osteoporose (enfraquecimento da estrutura óssea), pois diminuem os níveis de cálcio e aumentam o nível de fosfato no sangue. Quando os níveis de fosfato são altos e os níveis de cálcio são baixos, o cálcio é retirado dos ossos. Pesquisadores descobriram que o consumo de refrigerante em crianças representa um fator de risco para a calcificação dos ossos e prejudica o crescimento.
Agora não faltam razões para você trocar o refrigerante por um copo de água ou por um suco natural. Os sucos naturais são mais nutritivos e proporcionam muitos benefícios para a sua saúde.
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