No esporte, o uso crônico da cafeína reduz a sensibilidade do corpo a essa substância. Foi mostrado que o metabolismo da cafeína é acelerado com o passar do tempo e que no uso prolongado haveria alguma forma de adicção (vício), dando origem a sintomas como, cefaléia e insônia quando a ingestão é cessada.
A cafeína possui grande efeito estimulante no sistema nervoso central, portanto pode aprimorar o desempenho físico por aprimorar os estímulos do sistema neuromotor. Ela tem características de reduzir a percepção das sensações relacionadas com a fadiga muscular, portanto o exercício se torna mais prolongado e eficaz.
Por outro lado o excesso pode causar o que chamam de cafeinismo (intoxicação pela cafeína) caracterizando-se por inquietação, tremores, nervosismo, excitação, insônia, face ruborizada, diurese, queixas gastrintestinais, fluxo incoerente da fala e do pensamento, taquicardia, período com inexistência de exaustão e agitação psicomotora.
A ingestão normal de cafeína geralmente não apresenta riscos para a saúde, apesar de já ter ocorrido morte por overdose de cafeína. A dose letal seria de 10g (150mg/Kg/peso). Dessa forma, para uma mulher de 50Kg, haverá um risco agudo significativo para a saúde com uma ingestão de 7,5g.
A absorção da cafeína pelo corpo é relativamente rápida e torna-se mensurável após 15 minutos. Os achados máximos na corrente sanguínea são vistos em 60 minutos após ingestão. A meia vida da cafeína é considerada longa, depois de 4-6 horas começa a ser notada uma pequena redução de suas concentrações plasmáticas.
Sendo assim, para se obter benefícios do seu efeito ergogênicos, o indicado seria a ingestão cerca de 1-1,5 hora antes do treino ou competição. Para melhores resultados, os indivíduos deveriam excluir alimentos e as bebidas a base de cafeína 4 a 6 dias antes da competição para otimizarem o potencial da suplementação da cafeína em termos de efeito ergogênicos no dia da prova.
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