No mês passado, eu escrevi uma coluna em que discutia se os corredores deveriam ser orientados por um treinador. Nenhum leitor escreveu perguntando-me onde encontrar um treinador. Contudo, muitos fizeram outra pergunta.
Eu mencionei que meu colega Henry Fountain havia começado a correr com a ajuda de um podcast. Os leitores queriam saber qual era o podcast. Um deles escreveu: "Eu preciso muito disso". (A propósito, o podcast do site podrunner.com chama-se "First Day to 5K" ("Primeiro dia nos 5.000 metros").
Segundo os especialistas, essa resposta tem dois significados. Ela mostra como é difícil, para as pessoas que não têm o hábito de correr, iniciar no esporte _ e também como as orientações sobre corrida se tornaram complicadas sem justificativa, enquanto os "especialistas" no assunto se digladiam a respeito de tênis, planos de corridas e programas de treinamento.
Para os pesquisadores que não estão vinculados financeiramente a programas de corridas ou a fabricantes de tênis, grande parte da complexidade é desnecessária, e alguns dos conselhos levam a situações de risco ao tornar a corrida mais difícil, aumentando o risco de lesões.
Tomemos, por exemplo, a noção de que existe um modo perfeito de correr, tocando o chão com a parte central ou frontal do pé. Não há evidências convincentes para que se dê um conselho assim complicado, afirmam os pesquisadores imparciais. Estudos descobriram que as pessoas correm de um modo involuntário que é o mais adequado ao seu tipo físico. As pessoas que mudam a forma de correr acabam se tornando menos eficientes e mais propensas a sofrer lesões.
"Evidências razoáveis afirmam que nossos corpos são verdadeiramente preguiçosos, descobrindo a forma mais fácil de correr", afirmou Carl Foster, professor de educação física e medicina esportiva da Universidade de Wisconsin em La Crosse.
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