Antes de reduzir o estômago, eu conseguia comer pão como ninguém. Era pão de forma, preto, integral, francês, recheado, torrado, de todas as formas e sabores.
Ah, se fosse um sanduíche, ainda tinha mostarda, maionese, catchup e qualquer outro tipo de tempero.
Os horários eram todos os disponíveis nos ponteiros do relógio, não tinha tempo ruim! Era só ver um pedaço de pão, que eu mandava pra dentro, com ou sem miolo. Até mesmo com azeite e sal era gostoso! Quando comia com requeijão, daí era um creme só.
Mas tudo mudou… É inacreditável, mas ainda não consigo comer um pão francês inteiro, e olha que tiro o miolo! Não adianta, o bicho incha instantaneamente o meu “bucho”, parece que fermenta na hora e minha “pança” fica gigante. A sensação é a mesma de comer uma feijoada.
Até tento, consigo dar uma mordida, mas depois, se quiser comer o recheio, preciso escolher entre o pão e o que tem dentro. Tenho optado pelo segundo, exceto hambúrguer – esse tentei comer duas vezes, mas não consegui, então desisti por enquanto.
O bom disso tudo é que não tenho sentido falta nenhuma de pão, mesmo sendo algo que sempre comi e de que gostava muito.
Hoje em dia, nem sinto falta, talvez seja culpa até da minha boa memória em relação aos anos de “destruição”.
Agora, no máximo e raramente, como a ponta de um pão francês, desde que bem torrada, com um pouco de alface, agrião, cenoura e umas gotas de mostarda preta ou queijo branco.
Que mudança radical, hein?
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