Veja alguns erros que você pode estar cometendo na academia:
Não variar os treinos
Quando você realiza sempre os mesmos exercícios, o seu corpo não se sente mais desafiado.
Varie seus treinos com exercícios diferentes, e técnicas também, a cada 3 meses.
Não fazer alongamento
Deixar o alongamento de lado pode comprometer a sua elasticidade e ocasionar lesões. Faça um alogamento curto antes do treino e um bem caprichado após.
Usar pesos excessivos
Quando alguém entra na academia quer logo levantar um monte de peso, e acaba fazendo o movimento do exercício da maneira errada. Desse jeito o músculo não é trabalhado corretamente, e os resultados não ficam bons. Procure fazer o movimento corretamente, para ganhar qualidade muscular, e não uma lesão. O aumento de peso é gradativo, o ideal é aumentar aos poucos, para as fibras musculares irem se adaptando.
Exagerar no treino e acabar com overtraining
Fazer musculação mais de 1 hora por dia pode fazer mais mal do que bem. A musculação é um exercício curto, onde apenas 1 hora por dia e 5 vezes por semana já bastam para dar resultados. Mais que isso pode te levar a um cansaço exagerado, perda de músculos, e vários problemas de saúde.
Não levar a dieta à sério
O ideal é fazer uma dieta rica em proteínas durante todo o dia. Mas se você não tem como, pelo menos capriche na refeição pré e pós exercício. Duas horas antes do treino coma carboidratos, como banana e aveia, e após o treino faça uma refeição caprichada de proteínas e carboidratos, como ovos, leite, pão, queijo magro, peito de peru e etc.
Estudos mostram que que passar horas malhando pode até engordar
Se já é chato perceber que as longas horas passadas na academia não consumiram um grama do seu peso, descobrir que o treino pode engordar é péssimo.
A pior hipótese foi comprovada na Universidade de South Wales, na Austrália. O estudo conduzido pelo médico Steve Boutcher, do programa de pesquisas em exercícios, comparou dois grupos de 45 mulheres com 20 anos e um pouco acima do peso.
As do grupo que fez um treino curto (20 minutos) de alta intensidade na bicicleta perderam em média 2,5 quilos em 15 semanas. As que treinaram por 40 minutos, pedalando em velocidade regular e contínua, ganharam 500 gramas no período.
Outro trabalho, da Universidade do Oeste da Escócia, comparou os resultados obtidos com o treino curto intenso e o tradicional, longo e moderado, em 57 adolescentes, concluindo que o segundo leva sete vezes mais tempo para reduzir a gordura.
Para ter uma amostra maior, pesquisadores do Waikato Institute of Technology e da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, juntaram 22 estudos sobre o tema. O levantamento mostrou que a perda de gordura é até duas vezes maior na atividade de alta intensidade feita por curtos períodos.
Já mais magro, o advogado mudou a maneira de malhar: começou a passar várias horas na academia, fazendo exercícios menos puxados de forma contínua, por um tempo maior.
"Eu gostava, saía muito disposto. Mas comecei a ganhar peso de novo. Parece que você se acostuma com o exercício, e o organismo estoca gordura de qualquer coisa que você come", diz ele, que há 20 dias voltou aos treinos de menor duração e maior intensidade. "Já estou emagrecendo", afirma.
A malhação mais longa e moderada pode ser engordativa porque deixa a pessoa com muito mais fome quando acaba de treinar, levando-a a exagerar na comida sem perceber.
MAIS FOME
Cientistas da Universidade de Munique sugerem que a culpa é do aumento da secreção de um hormônio chamado grelina, que desperta a sensação de fome no cérebro. Eles identificaram que a secreção desse hormônio aumenta bastante na atividade de longa duração. Nos treinos curtos, os níveis de grelina permanecem estáveis: aquela vontade de enfiar o pé na jaca não é despertada depois do exercício.
"O treino intervalado de alta intensidade queima muito mais gordura do que ficar horas na esteira em atividade moderada", diz o professor de educação física Carlos Klein, da consultoria Movimente-se, de São Paulo.
Treino o quê? Intervalado, porque combina o exercício feito por alguns segundos quase no limite da capacidade máxima da pessoa (um "tiro" de corrida, por exemplo), seguido de descanso por mais ou menos o dobro de tempo.
Na pesquisa neozelandeza, foram pedaladas rapidíssimas por oito segundos, seguidas de 12 segundos de descanso.
A disputa para definir qual tipo de treino queima mais gordura não é nova. Até pouco tempo, a conclusão era a oposta: ficar mais tempo se exercitando em intensidade moderada era o canal para emagrecer.
Isso porque, como a gordura é fonte de energia lenta, seria preciso treinar mais e em menor intensidade para usá-la como combustível.
Na atividade de alta intensidade, a gordura também é mobilizada, só que em menor proporção comparada aos carboidratos. Mesmo assim, o gasto total é maior, diz Mauro Guiselini, mestre em educação física pela USP.
A estratégia para treinar quase à exaustão é intercalar atividade e descanso. "Ninguém aguenta muito tempo", diz Saturno de Souza, diretor-técnico da Bio Ritmo.
A vantagem é que, assim, a queima de gordura continua por mais tempo no pós-exercício, segundo Guiselini.
"Para perder um quilo você precisa gastar 7.000 calorias a mais do que as consumidas", diz o médico Turíbio Leite de Barros, da Unifesp.
"O aluno come bolo de chocolate com chantili, mas o prejuízo não se paga em duas horas de esteira."
Um erro clássico é fazer horas de aeróbico, nada de musculação e eliminar carboidratos da dieta. "Aí o corpo usa proteína como fonte de energia e perde massa muscular. Qualquer carboidrato ingerido será transformado em gordura", diz Guiselini.
Leite de Barros diz que o treino intervalado e intenso é menos monótono do que o "devagar e sempre".
Outra vantagem, para o ator Gustavo Fernandes, 34, são os resultados. "Passar horas na academia não funcionou para mim." Há nove meses, faz o treino curto e focado, três vezes por semana. "Estou quase no peso."
O arquiteto Reynaldo Rosemberg, 44, tem experiência semelhante. "Eu treinava cinco vezes por semana, ficava uma hora na esteira. Agora, faço aeróbico de 20 minutos e perco muito mais calorias."
Muito bom, mas se esse treino emagrece mais, também machuca mais: aumenta o risco de tendinite, lesão articular, inflamações. "Na velocidade, é mais comum a pessoa fazer o exercício na postura errada, prejudicando toda a organização do corpo", alerta Leite de Barros.
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